O Verdadeiro Inimigo dos Brasileiros
- Roberto Rocha
- Oct 2, 2018
- 3 min read
Neste tempo de Lava Jato, prisões de políticos, empresários e até de ex-presidentes, estive me perguntando: quem é o verdadeiro inimigo do brasileiro? A quem devemos enfrentar com todas as forças? Respondo: A DÍVIDA PÚBLICA!

Nós, brasileiros, devemos algo em torno de R$3.500.000.000.000 (isso mesmo, TRÊS TRILHÕES E MEIO DE REAIS), e o serviço desta dívida (a soma das amortizações mais os juros) nos toma algo em torno de R$600 BILHÕES por ano.
Considerando que estamos gastando mais que arrecadamos de impostos (déficit primário) na ordem de R$150 BILHÕES anualmente, nossa dívida tende a aumentar neste montante todos os anos.
Mas, qual seria a solução para esse cheque especial monstruoso? A redução da despesa e o aumento da receita! Não tem outra formula mágica que solucione o problema de parar de se endividar e começar a reduzir a dívida e os juros que pagamos anualmente.
Teríamos que reduzir a despesa em R$150 Bilhões e aumentar a receita em R$150 Bilhões. Um esforço de R$300 Bilhões de Reais anual.
Para aumentar a receita penso que seria adequado retornar a CPMF em um índice que somaria este montante mas que não poderia isentar os impostos que incidem sobre o lucro, isto é, a CPMF não seria considerada despesa para abatimento de impostos. Isto se torna necessário para não haver a simples transferência da taxa para o consumidor.
Mas não fiquemos contentes ainda. Devemos ajustar mais R$150 BILHÕES, e esta conta vem da redução das despesas.
A primeira redução que devemos envolve 1/3 desta economia e é a privatização completa do ensino superior no brasil, subsidiando os 800 mil alunos matriculados mais pobres com bolsa de estudos em universidades privadas e muito mais baratas. Significa que teríamos um sistema de ensino superior total mente privado com bolsas de estudos para os mais pobres e economia de aproximadamente R$50 Bilhões as cofres públicos. Outro 1/3 da redução de despesas deve vir da previdência, principalmente a de funcionários públicos. Reduzindo os valores e aumentando o tempo de contribuição. Alias, este tema já está muito debatido o não requer maiores esclarecimentos e também contribuirica com R$50 Bilhões anuais. Por último, o derradeiro fechar de contas deve ser a privatização de todas as estatais, o que representaria a receita de R$500 Bilhões que seriam abatidos da divida pública e que geraria uma redução de R$50 Bilhões no seu serviço anual.
Pronto, temos a eliminação do déficit com a redução de R$150 Bilhões na despesa atacando três frentes: R$50 Bilhões do ensino superior, R$50 Bilhões da previdência e R$50 Bilhões da redução do serviço da dívida. Soma-se a isso os R$150 Bilhões do aumento da receita com a retomada da CPMF e zeramos o déficit público e criamos uma poupança de R$150 Bilhões anuais para investimento.
Neste cenário, o serviço da dívida que costuma ser de 15% ao ano deverá cair gradativamente para atingir 6% ao ano, gerando uma economia de longo prazo de mais R$350 Bilhões anuais resultantes de uma taxa de manutenção baixa do estoque da dívida.
Lembro de Mario Henrique Simonsen e Antonio Delfim Netto dizendo que deveríamos deixar o bolo crescer para poder dividi-lo. Eu digo que teremos que ter um bolo para poder dividi-lo.
Certamente que teremos impacto no PIB e no emprego, mas por um período de 24 meses. Após isso será retomado do crescimento se dará de forma intensa e sustentável.
A pergunta que me martela a cabeça é qual o candidato que virá nessas próximas eleições que trará esse tema para discução?
Ensino Superior, Previdência, Estatais e CPMF. Eis as armas para lidarmos com o inimigo maior.
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